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Restauração de trechos de APPs no rio Dona Luiza

Abrange: Santa Catarina

Iniciativa: Apremavi, BUND (Projeto Bosques de Heidelberg), Restaura Alto Vale e Prefeitura Municipal de Atalanta

O município de Atalanta, em Santa Catarina, é cortado pelo rio Dona Luiza, importante recurso hídrico para as comunidades e biodiversidade da região. A iniciativa de restauração de parte do rio Dona Luiza foi um exemplo de parcerias em prol da implantação do Código Florestal e da conservação da biodiversidade da Mata Atlântica. A ação esteve no âmbito do projeto Bosques de Heidelberg, que é uma parceria entre a Apremavi e a ONG alemã Bund für Umwelt und Naturschutz Deutschland – BUND. A BUND é uma organização sediada em Heidelberg, na Alemanha, atuando desde 1976 pela proteção e conservação ambiental ao desenvolver projetos com foco na educação e conscientização de jovens e adultos. A parceria com a Apremavi tem o intuito de promover ações de restauração da Mata Atlântica e desenvolver atividades de educação ambiental. Desde o início da parceria e da implantação do primeiro Bosque de Heidelberg, na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ribeirão Matilde, em 1999, já foram plantadas mais de 110 mil árvores de espécies nativas da Mata Atlântica, formando mais de 90 bosques, em 17 cidades. Sendo assim, por meio do diálogo entre Apremavi, Prefeitura Municipal de Atalanta e projeto Bosques de Heidelberg, foi possível unir esforços para restauração de trechos de Áreas de Preservação Permanente (APPs) do rio Dona Luiza. As ações foram desenvolvidas no Parque Natural Municipal da Mata Atlântica e no Parque de Exposições, ambos em Atalanta. Diversos voluntários realizaram ao longo dos anos atividades em prol da conservação e restauração do rio Dona Luiza. Inicialmente, foi promovida uma força-tarefa para retirada de entulhos do ribeirão, e após essa etapa, foi realizado o plantio de mais de 10.000 mudas nativas da Mata Atlântica ao longo dos anos, advindas da parceria entre a ONG alemã BUND e a Apremavi. Além disso, mais recentemente, o projeto Restaura Alto Vale, financiado pelo BNDES e executado pela Apremavi entre os anos de 2018 a 2022, e que tinha o objetivo de restaurar Áreas de Preservação Permanente hídricas em Santa Catarina, possibilitou a restauração de novas áreas em torno do Rio Dona Luiza e também realizou a doação de mudas e organizou ações de plantio. Ainda, novas ações vinculadas ao projeto Bosques de Heidelberg estão sendo realizadas no entorno do rio Dona Luiza e do PNMMA. A Apremavi tem o objetivo de continuar promovendo a restauração das matas ciliares degradadas ao longo do rio Dona Luiza, com a meta de criar um corredor ecológico entre o PNMMA e a Serra do Pitoco, onde está a maioria das nascentes que abastecem o município.

Como contribui para a implementação do Código Florestal

Historicamente, a Mata Atlântica vem sendo devastada desde o período colonial brasileiro, realidade presente também nos municípios catarinenses. Ao longo dos rios e nascentes é possível perceber como a aplicação da legislação ambiental ainda enfrenta diversos desafios na sua implementação, como o desmatamento e a falta de conscientização sobre a restauração de Áreas de Preservação Permanentes, e que geram consequências visíveis, como o assoreamento de rios, o esgotamento dos recursos hídricos e o empobrecimento da biodiversidade do local. A realidade do rio Dona Luiza, em Atalanta, no início dos anos 2000, era muito diferente da encontrada hoje, e graças a iniciativas como a da Apremavi em parceria de outras instituições, como a ONG alemã BUND e a Prefeitura Municipal de Atalanta, houve mudança nessa realidade. A preservação e restauração das matas ciliares é de extrema importância para a conservação dos recursos hídricos, do solo, e da biodiversidade da Mata Atlântica, que junto dos humanos, dependem diretamente desses recursos para manutenção da vida. Além disso, a mata ciliar presente ao longo dos recursos hídricos evita a erosão, protege o leito do contato com componentes tóxicos presentes no ar e ainda fornece recursos à fauna como um todo, por contribuir com frutos e sementes que servem de alimento, além de servirem como pequenos corredores ecológicos entre as propriedades rurais e ecossistemas. Assim, a iniciativa contribui por implementar, de fato, a legislação presente no Código Florestal, restaurando Áreas de Preservação Permanente hídricas, conservando a biodiversidade da Mata Atlântica e, além disso, as ações demonstram, na prática, a importância de sua aplicação para a melhoria da qualidade de vida de todas as espécies que vivem em seu entorno.

Duração: O projeto está em desenvolvimento desde 1999


Financiamento: Apremavi, BUND e Restaura Alto Vale


Metas de redução de desmatamento: A iniciativa contribui ao promover a restauração das matas ciliares, a conservação de espécies nativas da região ao inseri-las na restauração, além de contribuir com a formação de corredores ecológicos entre os remanescentes florestais e a mata ciliar que irá formar-se ao longo dos anos.


Desafios enfrentados: Conscientização da população sobre a importância da restauração para conservação dos recursos hídricos; Discutir a necessidade de zerar o desmatamento na região e a importância da aplicação da legislação ambiental.


Detalhes sobre o projeto podem ser acessados aqui. Detalhes sobre as ações podem ser encontrados aqui.

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